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O poder do olfato canino: como cheiros moldam emoções, aprendizagem e bem-estar

Atualizado: 16 de out.


olfato canino

Olfato canino: por que é tão superior?


Embora o cérebro de um cão seja menor do que o nosso, a área dedicada ao olfato canino é cerca de 40 vezes maior do que a humana. Resultado: o olfato canino é frequentemente estimado em até 100.000 vezes mais sensível. Isto explica por que os cães “lêem” o mundo principalmente com o nariz — e como podemos usar isso a favor do treino e do bem-estar.


Olfato canino como linguagem social


Cheirar zonas genitais ou o focinho de outro cão não é “falta de maneiras”: é comunicação olfativa. Através do olfato canino, um cão obtém informação sobre idade, sexo, estado reprodutivo e saúde do outro. É o equivalente a um cartão de visita completo — em segundos.


Olfato canino e emoções humanas: conseguem “cheirar” o medo?


O suor humano muda consoante hormonas e estados emocionais. Em stress/alarme, aumenta a adrenalina, altera-se o odor corporal e a respiração fica mais superficial. O olfato canino capta facilmente estas pistas, razão pela qual trabalhar calma e previsibilidade no treino faz tanta diferença.


Olfato canino e cérebro emocional: o atalho para aprender melhor


Nos cães, a informação cheirosa chega rapidamente ao sistema límbico (emoções e memória). Usar comida no treino não é “suborno”: combina odor + sabor para baixar a ansiedade e aumentar a motivação. Em cães nervosos, o olfato canino é uma ponte direta para estabilidade emocional e aprendizagem mais rápida.


Como estimular o olfato canino no dia a dia (5 ideias práticas)


  1. Sniffari guiado: passeios mais lentos, com permissões para cheirar. 10–20 minutos de farejar cansam a mente e promovem calma.

  2. Procura de comida: espalhe ração/petiscos pelo jardim ou em casa; comece fácil e vá aumentando a dificuldade.

  3. Tapete olfativo e brinquedos de rechear: prolongam foco, reduzem frustração e aproveitam o olfato canino de forma estruturada.

  4. Trilhos de cheiros: alinhe 6–10 iscos até um “prémio final”; potencia autonomia e resolução de problemas.

  5. Caixa de aromas (segura): panos com cheiros neutros (ex.: ervas culinárias suaves). Deixe o cão investigar sem pressão.

Regra de ouro: termine a sessão antes de o cão perder interesse; assim, o olfato canino mantém-se motivado para a próxima.

Aromas que podem ajudar (e como usar em segurança)


  • Feromonas apaziguadoras (DAP): úteis na adaptação a contextos novos.

  • Lavanda (difusão leve): pode reduzir agitação em alguns cães.

  • Cheiro do tutor: colocar uma camisola sua na cama do cão facilita relaxamento em ausências curtas.


Segurança: evite óleos essenciais concentrados, produtos de limpeza fortes e qualquer substância potencialmente tóxica. Introduza aromas gradualmente e observe sinais de stress (bocejos, virar a cabeça, lamber lábios, corpo tenso).


Boas práticas para trabalhar o olfato canino


  • Não force aproximações a cheiros ou outros cães; dê escolha e espaço.

  • Prefira ambientes calmos para novas experiências olfativas.

  • Combine exercício físico + trabalho de nariz para baixar a tensão basal.

  • Reforce a calma e a curiosidade com petiscos de baixo/médio valor.


Conclusão


O olfato canino é a principal janela sensorial dos cães. Ao integrar sniffari, procura de comida e jogos de cheiros de forma segura e gradual, melhora a regulação emocional, acelera a aprendizagem e enriquece o dia a dia do seu cão. Treinar com o nariz a nosso favor torna tudo mais fácil — e mais divertido para ambos.

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